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12 de Agosto de 2022
“Always on my mind” Monlevadenses fãs de Elvis declaram amor ao Rei do Rock

Dizem que Elvis não morreu e há muitas versões sobre o tema. Mas, conspirações à parte, o fato é que o astro da música continua sempre nas mentes e nos corações de fãs em todo o mundo. Em Monlevade, o rei do rock não sai da cabeça do professor Charles Aguiar, da jornalista Flávia Henriques e do aposentado Sinval Silva, entre outros, que também integram a legião de fãs do cantor. 
Apesar do dia 16 de agosto marcar os 45 anos de falecimento de Elvis Presley, ele segue mais vivo do que nunca. Um dos maiores ícones da cultura pop mundial do século XX, Elvis ainda é o artista solo com o maior número de 'hits' nas paradas internacionais e um dos maiores recordistas em vendas de discos de todos os tempos: mais de um bilhão e meio de cópias vendidas em todo o mundo.
Por tudo isso, os fãs monlevadenses colecionam objetos, recortes de jornais e revistas e muitas outras histórias acerca de “Elvis, The Pelvis”. Eles não escondem até os pseudônimos usados entre si. Charles “Elvis”, Flávia “Presley” relembram o impacto das canções, filmes e da personalidade do cantor e compositor em suas vidas.

Agora e para sempre

No começo da década de 1970, ainda com 10 anos, o garoto Charles Aguiar ouviu a poderosa voz de Elvis Presley pela primeira vez. “Ouvíamos a rádio Atalaia de BH quando começou a tocar ‘Its Now or Never’ e, em seguida ‘Kiss me Quick’. Foi um choque. A voz me chamou a atenção, o ritmo e nunca mais deixei de ouvir Elvis”, relembra o professor de 61 anos. Ele conta que ainda na adolescência, ganhou sete discos do cantor, presente de uma amiga e que os guarda até hoje. 
Quando tinha filme de Elvis na Sessão da Tarde, ele revela que inventava mal estar para “matar aulas” só para ver o ídolo na TV. Charles relembra quando morou em Santos, nos anos 90, e reunia outros fãs para ir a São Paulo assistir filmes, shows e participar de encontros. “Pelo menos uma vez por dia, até hoje, paro para ouvir Elvis. É um complemento de minhas atividades”, conta. Ele integra fãs clubes e grupos sobre Elvis e confirmou presença amanhã (13), no Elvis Fest, evento que celebra 10 anos do fã clube Elvis Uai em Belo Horizonte.
 
“Não consigo evitar minha paixão”

A jornalista Flávia Henriques também não esconde a paixão. Ela nasceu em outubro de 1977, dois meses após a morte do artista, mas conheceu a música dele ainda criança. “Meu interesse por Elvis começou na infância, quando assistia aos seus filmes. Achava lindo aquele homem de olhos azuis e cabelos pretos, que cantava e era cobiçado pelas mulheres, admirado por alguns homens e odiado pelos namorados delas. E aos 8, 9 anos, assisti à minissérie Elvis & Eu, no SBT. E aí comecei a compreender realmente a grandeza deste artista, considerado o maior do século XX. Dele veio também o meu gosto pelos estilos musicais Rock e Blues, além do Folk. E adoro ouvir as músicas gospels gravadas por ele. Elas fazem realmente que eu me conecte com Deus. Chego a chorar! Nenhum artista canta ou cantou com tanta entrega como Elvis”, afirma. 
Hoje, sempre que pode, Flávia vai a encontros temáticos, shows e festivais sobre o ídolo. Na semana passada, ela esteve em Itabira para assistir no cinema, ao filme Elvis, nova biografia do cantor. A paixão pela música e universo “elvistico” a aproximou de outro grande fã, o músico Devanir Fernandes, um dos maiores intérpretes de Elvis no país. “O Devanir, quando vem a Monlevade, fica na minha casa. Eu apresentei a obra de Elvis para o Zé Ronaldo (dono do Shine Rock Crazy Bar) e, com isso, o Devanir integra a agenda anual de bandas que tocam no bar mais roqueiro da região”, conta. Inclusive, o cantor se apresenta mais uma vez no local no mês de outubro. 

“Não podemos ficar juntos”

Se no refrão de “Suspicius Mind”, Elvis canta que “não podemos ficar juntos com essas desconfianças”, o fã monlevadense Sinval Raimundo da Silva fez o mesmo ao terminar um noivado por conta do ídolo. “Por Elvis, terminei um noivado de três anos. Na véspera de colocar os papéis no cartório, eu comentei com a noiva que, se tivéssemos um filho homem, ele se chamaria Elvis. Aí ela não aceitou. Eu insisti muito e ela ficou irredutível. Aí eu falei: meu bem, foi um prazer te conhecer, mas o nosso relacionamento está terminado. Segue a sua vida e eu sigo a minha.  Depois conheci a minha esposa atual e falei o mesmo. Estamos casados há 37 anos, graças a Deus, e nosso Elvis tem 32 anos”, conta. 
Morando em BH, o monlevadense relembra que ouviu Elvis pela primeira vez na infância.  “Aos 8 anos, pela primeira vez ouvi uma música dele: ‘Suspicius Mind’. Apaixonei-me pela voz”, relembra. Sinval conta ainda que viu a performance do rei do rock pela primeira vez, em 1973, quando o show Aloha from Hawaii, primeiro espetáculo musical transmitido via satélite, mostrou ao mundo o cantor ao vivo. 
O fã sempre vai a concertos, feiras e eventos sobre Elvis. Ele tem tatuagem do cantor no braço e uma sala em casa com centenas de discos, livros, CDs, impressos e souvenires sobre Elvis Presley. “Ele era uma pessoa de grande qualidade, talentoso, bondoso e carismático. Tudo isso fez com que eu ficasse muito fã dele. Sou fanático por Elvis”, declara. É uma paixão para sempre. 

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