Uma operação da Polícia Civil contra a falsificação de máscaras faciais prendeu um homem de 43 anos nesta terça-feira (30) em João Monlevade. A Operação Apáte foi deflagrada também em Contagem, Divinópolis, Esmeraldas e Nova Serrana, onde um homem de 40 anos também foi preso. A ação cumpriu ao total 13 mandados de busca e apreensão. Segundo a Polícia Civil, eles estavam com grande quantidade de material ilegal.
A Apáte partiu da denúncia de uma empresa de que produtos que imitavam os seus estavam à venda em lojas de equipamentos de proteção individual (EPIs) e na internet. Foram quatro meses de investigações, que apuraram que três grupos de empresários estavam falsificando as proteções faciais. Os produtos pirateados tinham material e embalagens muito diferentes dos originais, não atendendo aos requisitos mínimos de segurança respiratória.
Foram apreendidos além de testes vencidos para Covid-19, máscaras, matérias-primas e moldes para fabricá-las, além de notas fiscais de sua compra e venda, uma delas com uma encomenda de 100 mil unidades. “Encontramos os moldes [de embalagens] para outras marcas. Então, estamos partindo do número mínimo de que foram fabricadas 100 mil máscaras”, diz o delegado Magno Machado, da 1ª Delegacia Especializada em Investigação de Fraudes.
Os dois homens presos foram autuados pelo crime previsto no artigo 273 do Código Penal, que prevê pena de 10 a 15 anos. Agora, é investigada a suspeita de que os envolvidos no esquema criminoso tenham participado de licitações e estivessem entregando os produtos ilegais a hospitais de várias cidades. São apurados os crimes de sonegação, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. O nome da operação lembra Apáte, um espírito da mitologia grega que aludia à fraude, ao engano e ao dolo.