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18 de Novembro de 2020
Novo mandato de Vanderlei Miranda depende de derrota judicial de Andréa
A presença de Vanderlei Miranda (PL) na Câmara que toma posse em janeiro de 2021 depende da derrota de Andrea Peixoto (PTB) na Justiça.

Está agendada para hoje (18), a conclusão do julgamento da candidatura da ex-secretária de Saúde ao Legislativo de João Monlevade. Caso vença o processo, ela assume uma cadeira na Câmara Municipal, após receber 717 votos. Com isso, o vereador reeleito Vanderlei Miranda, cuja legenda conseguiu um número menor de votos para seus candidatos, fica de fora, segundo cálculos da Justiça Eleitoral.

Caso Andrea

O juízo começou na semana passada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), e teve o voto do juiz relator pela impugnação e de outro pela absolvição da candidatura. Um terceiro desembargador pediu mais prazo para analisar a questão.

Segundo a denúncia que gerou a ação Andréa deixou a chefia da Secretaria de Saúde em 2 de abril, assumindo a secretaria-adjunta, já tendo em vista o lançamento de seu nome para concorrer a uma vaga no Legislativo. No entanto, o advogado e também candidato a vereador Gleidson Caetano, questionou judicialmente a desincompatibilização, alegando que, apesar de ter deixado o comando da pasta, suas atribuições e poderes haviam permanecido praticamente os mesmos.

Andréa abandonou completamente a Prefeitura em 14 de agosto, data que, no entendimento de Caetano, ultrapassou o prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral em seu cronograma. Por conta disso, ele protocolou um pedido de impugnação da candidatura. O parecer do promotor eleitoral Igor Citeli Fajardo Castro foi favorável à impugnação, alegando que a ex-secretária usou de uma manobra para permanecer em evidência através da Secretaria de Saúde e colher os louros de sua atuação, principalmente, durante a crise provocada pelo coronavírus.

Nas eleições do último domingo (15), “Andréa da Saúde” conseguiu votos, suficientes para que ela se elegesse. No entanto, por conta do processo, seus votos estão sob júdice, e caso ela seja derrotada, eles serão anulados. Neste caso, Vanderlei continua como vereador até 2024. Do contrário, ele perde a cadeira para a única mulher eleita em 2020.
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