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Editorial
03 de Novembro de 2023
População idosa: estamos preparados?

Não é novidade que a população brasileira vem envelhecendo, devido ao aumento da expectativa de vida e esse reflexo já chega à região. Conforme o último Censo do IBGE, realizado em 2022, pelo menos 10% de cada cidade da região é formada por pessoas com 65 anos ou mais. Os dados são os mesmos do restante do país. 
A questão em pauta é: a sociedade está preparada para essa realidade? Quais são as políticas públicas e sociais e, particularmente, de saúde, voltadas para esse público? Há acessibilidade para os idosos? Há locais para o lazer, ampliando a qualidade de vida? E o mercado de trabalho? Há espaço para aqueles que passaram dos 65 e que têm plenas condições de trabalhar? Está na hora de pensar no que pode ser feito para a população mais idosa. O poder público tem essa agenda em pauta? E a seguridade social, será que haverá uma aposentadoria para que todos tenham uma terceira idade digna e tranquila? São muitos os desafios.
Se no passado, por exemplo, nascia muita gente, e as pessoas morriam relativamente cedo, incluindo aí um grande número de crianças que sequer completavam um ano, o Brasil, Monlevade e cidades da região vêm progressivamente experimentando a queda da taxa de natalidade, aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade infantil. Conforme estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as consequências dessas mudanças são inúmeras e uma delas diz respeito ao desafio de garantir mais qualidade de vida para os cerca de 32 milhões de idosos que o país tem hoje, o equivalente a mais de 15% da população. 
Que haja mais ações para garantir uma vida em plenitude para essa população que, a cada dia, está vivendo mais. E que possam viver a sua longevidade cada vez melhor também. 

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