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02 de Agosto de 2021
Muros da Usina de Monlevade  começam a “ganhar vida e cores”
João Vitor Simão

Concluída a primeira fase do projeto que valoriza a arte urbana e que fará, na cidade, maior empena grafitada do interior de Minas

O trecho entre o Estádio Louis Ensch e a sinterização da Usina de Monlevade rejuvenesceu e ganhou mais vida e cores. Os trabalhos artísticos, próximo à entrada para o Social Clube, estão finalizados com painéis de grafiiti, produzidos por artistas mineiros. No último sábado (31), foi concluída a primeira parte do projeto que prevê a pintura de construções no entorno da área industrial da ArcelorMittal.
Ao fim, o entorno da Usina terá uma gigantesca empena grafitada (mural com arte de rua), medindo 18 metros de altura por 50 metros de comprimento. O trabalho é realizado pela Fábrica de Graffiti e patrocinado pela Fundação ArcelorMittal, através da Lei de Incentivo à Cultura. 
O próximo espaço a receber a arte urbana é o paredão da estação de tratamento de água, ao lado do vestiário central da Usina de Monlevade, que deve começar ainda nesta semana. Depois, em mais uma etapa, será grafitado  um muros próximo ao laboratório metalográfico. 
Concluídos os trabalhos na área industrial,  terá mais uma etapa, com a pintura artísitica em espaços públicos da cidade, com participação da comunidade. Inclusive, está sendo realizada uma oficina n Fundação Casa de Cultura, também ministrada por artistas da Fábrica de Grafitti. A ideia do projeto, além de levar mais cores e arte para espaços industriais, é também capacitar novos artistas.
Aos poucos, os muros antes sujos, cinzentos ou cheios de cartazes, são substituídos por grandes painéis de graffiti, trazendo cor e vida, para o cotidiano das pessoas. Os trabalhos são todos autorais. Os artistas convidados são: Alberto Tadeu (Tot), Barbara Daros, Bruna Ferreira Gonçalves (Pimenta), Bobylly, Daniel 'Jack' Nery, Fernando dos Santos (Fhero), Gabriella Biga, Ítalo Nanais, Kaká Chazz, Lídia Viber, Mariana Marinato, Pedro Stryper, Sâmela Moreira, Silvana Assunção (Sil) e Thiago Moska.
Segundo os produtores, a arte vai levar mais cores para o ambiente industrial e cotidiano dos moradores, trabalhadores e de quem passa por ali. A proposta  cria um circuito cultural de amplo acesso a todos e aproximando a cidade da prática da arte urbana.
Conforme A Notícia informou em primeira mão, a iniciativa celebra o centenário da operação de Aços Longos no Brasil. Segundo o gerente de RH da unidade de João Monlevade, Vander Neves, o projeto promove ainda a igualdade de gêneros. “A seleção dos artistas de cada edição é pautada pela equidade de gênero, ou seja, convidamos o mesmo número de mulheres e de homens para compor a curadoria artística. Essa é uma prerrogativa da ArcelorMittal, desde 2018, em função de sua Política de Diversidade e Inclusão”, destaca. 

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