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23 de Julho de 2021
Moradores do Santa Cruz denunciam abandono de espaço comunitário
Divulgação
Imóvel desocupado é motivo de reclamação no bairro Santa Cruz

Moradores do bairro Santa Cruz denunciam o abandono de um espaço comunitário. Um imóvel, instalado na avenida Santa Cruz (próximo ao antigo depósito de carvão),  abriga as instalações da Cáritas Diocesana, que promovia ali oficinas de esportes e cultura. No entanto, a queixa é de que o prédio está abandonado há três anos. 
A ativista e moradora do bairro, Alexsandra Fernandes, divulgou em suas redes sociais um vídeo no qual mostra o estado de degradação da casa. O mato é alto, o piso está muito sujo e há buracos no muro. Ela relata que a última limpeza, realizada pelos próprios moradores, retirou até restos de animais mortos do interior do imóvel, que segundo Alexsandra, foi cedido em regime de comodato pela ArcelorMittal à Cáritas. Ela diz ainda que a limpeza do prédio é sempre feita pelos vizinhos, mesmo com as cessões para atividades comunitárias sendo negadas pela entidade. Um abaixo-assinado deve ser entregue pedindo a reativação do espaço, segundo ela. 
Após contato do A Notícia, o padre Elson Vital, responsável pela Cáritas Diocesana, respondeu que o projeto Arte e Vida foi encerrado por falta de público, já que as crianças e adolescentes, antes atendidos pela iniciativa, já cresceram. 
A diretoria da entidade, segundo ele, pretendia implantar um projeto com idosos e hipertensos em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, mas a ideia foi inviabilizada pela pandemia. Ainda conforme o padre, há cerca de 15 dias, a Cáritas pagou um trabalhador para limpar o imóvel e retirar o lixo e o entulho. O padre Elson Vital diz ter ficado “muito decepcionado” com o fato de que o descarte é feito por alguns dos moradores. 
Ele diz ainda que alguns vizinhos lhe falaram sobre a intenção de criar uma associação de bairro e que a sede da Cáritas está aberta para eles. No entanto, a comunidade chegou a ser convidada para uma reunião, mas ninguém compareceu. O padre  disse ainda estar à disposição para, quando o espaço voltar à normalidade, acordar o compartilhamento do prédio.  

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