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23 de Julho de 2021
Suposta fraude na vacinação - Prefeitura denuncia pessoas que tomaram mais de duas doses

A Prefeitura de João Monlevade investiga três casos de irregularidades na vacinação contra o coronavírus. As suspeitas foram levantadas pela Vigilância em Saúde (Visa) através dos Cadastros de Pessoa Física (CPF) dos imunizados. Os nomes não foram divulgados.
No primeiro caso, foi identificado que um CPF foi utilizado em Ipatinga para receber a primeira e a segunda dose da vacina CoronaVac. O mesmo documento foi usado em João Monlevade para receber uma dose da vacina Pfizer.
No segundo caso, um outro CPF foi apresentado em João Monlevade para receber duas doses da CoronaVac, e depois foi usado em outra cidade para receber duas doses da AstraZeneca.
Já um terceiro foi mostrado para receber a primeira dose de Pfizer na vacinação de pessoas com comorbidades, e depois, o mesmo documento foi utilizado para receber outra dose da Pfizer. Porém, na aplicação aos profissionais da educação.
Os casos podem render dor de cabeça aos envolvidos. Segundo a Prefeitura, “as três situações foram encaminhadas ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Procuradoria Jurídica do Município. Os relatórios foram enviados ao órgão, porque o Ministério Público é o titular responsável por ações penais e esta é uma questão que pode ter repercussão penal e demanda investigação”.

Punição

O Ministério Público ajuizou, no dia 12 de junho, Ação Civil Pública (ACP) de reparação por dano moral coletivo e social contra um casal de Belo Horizonte que recebeu três doses de vacina contra a Covid-19, sendo duas de Coronavac e a terceira da Pfizer, caso idêntico aos de Monlevade. A Justiça já concedeu antecipação de tutela para impedir que eles tomem outras doses, sob pena de multa de R$1 milhão. O MPMG pede também pagamento de R$500 mil por dano moral coletivo e o mesmo valor por dano social a cada um dos demandados devido à gravidade da conduta.

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