Pesquisa
Pesquisa do DataMG divulgada nesta semana aponta polarização entre o atual prefeito Laércio (PT) e o ex-prefeito Carlos Moreira para as eleições do ano que vem. Os resultados trazem aspectos interessantes. Apesar de condenado e inelegível, Moreira ressurge como o único opositor com intenção de votos suficientes para disputar a Prefeitura com Laércio.
Questões
Se permanecer inelegível e não conseguir registrar sua chapa, qual será o nome que Carlos Moreira vai apoiar? E será que o político condenado pela justiça conseguirá transferir votos? E outra: será que os demais nomes que surgem na pesquisa conseguem se unir em torno de um só para ter o apoio de Moreira? Muitas questões...
Natural
Como ex-prefeito e usando uma rádio educativa em dois programas diários, Moreira surge como opositor natural. Até porque, disputou com Laércio noutras duas ocasiões e venceu. Então, ele sempre é visto como rival do prefeito petista. Não surpreende que ele seja o mais lembrado nome da oposição. Fato é que o nome do comunicador ainda é forte em oposição a Laércio. Tanto que a esposa dele, a ex-prefeita Simone Carvalho (antecessora de Laércio até 2020 e que tentou a reeleição), sequer foi citada pelos entrevistados na intenção de votos espontânea.
Os outros
Além de Moreira, aparecem como nomes citados na espontânea: Conceição Winter (2,8%); Djalma Bastos (1,4%); Delci Couto (0,9%); Mauri Torres (0,9%); Rael Alves (0,5%); Revetre Teixeira (0,5%); Railton (já falecido) (0,5%); Danilo (0,5%); Fabrício Lopes (0,2%); José Roberto (0,2%). Quem serão os candidatos?
Maioria
Há de se observar que o maior grupo de eleitores pesquisados, que corresponde a 57,1% dos ouvidos, não respondeu ou disse não saber em quem votará daqui a 11 meses. O número é expressivo, mas também óbvio, já que ainda não há candidatos definidos. Por enquanto, é apenas uma sondagem. Mas em todas as eleições, os indecisos são fundamentais para definir os vencedores. E a campanha eleitoral é fundamental para encontrar esses eleitores.
11 meses
Faltando 11 meses do pleito, muita coisa pode acontecer. Alianças podem ser feitas e desfeitas, nomes podem mudar de lado e, sobretudo, pode ainda surgir um elemento supresa, um nome inesperado para concorrer às eleições. O jogo não está ganho e o cenário pode mudar com um lance de dados. O tempo sempre é o senhor da razão.
Fogo amigo
“Não tiro o mérito do prefeito, nada contra o PT, mas não pense o PT que eles conseguem ganhar uma eleição em João Monlevade sem o apoio de Fabrício Lopes”. A declaração na tribuna da Câmara foi do vereador Pastor Lieberth. Ele foi eleito pela base governista, mas é contrário a Lula (já que foi apoiador de Bolsonaro) e apoia Fabrício Lopes. Declarações assim mais atrapalham do que ajudam. Prudência não faz mal a ninguém.
Demanda
Noutro momento, Lieberth ainda pediu que os vereadores respeitassem as demandas feitas pelos colegas, e não tentassem se promover sobre obras e serviços pleiteados por outros parlamentares. Esses pedidos são sagrados para muitos vereadores, pois criam vínculos com as comunidades, e claro, rendem votos. São uma forma de mostrar serviço ao morador. Usurpar uma demanda é encarado como traição! Vale lembrar que muitos parlamentares também se aproveitam de ações da Prefeitura ou de entidades e que estão em andamento ou planejadas, para fazer requerimentos solicitando aquela ação. Todo mundo quer ser pai de filho bonito.
Ouvidoria
A Câmara aprovou a criação do cargo de ouvidor que deve começar a atuar no ano que vem. O titular, conforme emenda no projeto de Lei que o criou, deverá ser de livre nomeação do presidente, desde que servidor efetivo da Casa. A função de ouvidor é fundamental para atender a população e estratégica porque lida diretamente com o cidadão, recebendo denúncias, acolhendo reclamantes e demandas. Ou seja, são os ouvidos do Legislativo na atenção ao povo. Função importantíssima e que está alinhada aos princípios da moderna legislação e compliance. Chama a atenção é o vereador Gustavo Prandini (PTB), que é advogado, ter votado contra...
