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Editorial
23 de Outubro de 2020
Cidade dos extremos

Enquanto bairros da cidade recebem asfaltos pela máquina administrativa, outros amargam abandono e situação precária. É o caso do Santa Cruz, onde a população espera mais atenção e pede mais respeito. Ponte quebrada, ruas escuras, bueiros entupidos, entre outros problemas, são relatados na coluna de opinião nesta página, escrita por moradora do bairro. É uma vergonha saber que muitos são privilegiados e outros são deixados de lado, nesta cidade com a menor área territorial da região. 

Passou da hora de Monlevade ser mais igualitária, com as mesmas condições em todos os bairros. Uns recebem atenção demais, enquanto outros, nem o básico têm. E a culpa é do poder público que não consegue enxergar o óbvio. Os eleitos estão aí para cuidar de todos. Não se pode privilegiar uns em detrimento do outro. Prefeitos e vereadores devem, ou pelo menos deveriam, estar atentos à coletividade e não focar apenas em suas bases eleitorais. 

Falta em Monlevade mais empatia, mais respeito com o cidadão e mais zê-lo. É um drama de anos e que poderia ser sanado com mais interesse dos representantes dos poderes constituídos. O Brasil tem muitas desigualdades, mas é um país enorme. Monlevade também tem as suas. E é uma cidade pequena, mas que se torna ainda menor, quando não é vista como um todo. Que os próximos eleitos diminuam os extremos desse município.  

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