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Editorial
03 de Julho de 2020
Por uma Câmara independente

O assunto não é novo, mas é necessário: que cidade precisa de vereadores que seguem à risca a cartilha de prefeito ou prefeita? Isso, porque na concepção dos poderes, o Legislativo tem como principal função fiscalizar o Executivo. Vereador que elogia e defende prefeito com unhas e dentes, por ser do mesmo grupo político ou porque teve pedido atendido, não merece ocupar o cargo de fiscalizador do povo. 

Afinal, ele já compromete a sua credibilidade. Será que quem elogia o prefeito ou prefeita em demasia porque autorizou limpeza, asfaltamento ou reforma de rua indicada por ele, tem coragem para questionar propostas do Executivo? Tem coragem de votar contra algo que seja do interesse do governo, mas ruim para o povo?

Câmara e Prefeitura são poderes independentes, mas devem trabalhar em conjunto, sempre visando o bem estar da população. Prefeito ou prefeita também não podem arquivar pedido de vereador que não seja de sua base eleitoral só porque ele é da oposição. É preciso avaliar critérios de importância para o povo em primeiro lugar. Prefeito ou prefeita não tem que lotear apoio, liberando recursos, obras e ações apenas para quem é da sua turma.

Prefeito ou prefeita e vereadores representam (ou deveriam) o interesse da coletividade. Nos Estados Unidos, um presidente vence as eleições não porque cede aos interesses do parlamento. Mas por que se compromete com a vida plena dos cidadãos. E isso é uma virtude a qual devemos nos espelhar.

Está na hora dessa política séria tomar conta de nossa cidade, do nosso estado e do nosso país. Sem jogos, sem esquemas, sem cartilha pré-definida. Mas com debate comprometido com os anseios de uma vida melhor para o monlevadense, o mineiro e o brasileiro. Parceria boa é a que traz resultados efetivos para o povo, não da dependência de um político com o seu grupo ou com o seu mandatário. Passou da hora de isso ser aplicado, em respeito aos cidadãos. 

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