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Editorial
22 de Maio de 2020
Calamidade e transparência

João Monlevade vai receber R$9,5 milhões do Governo Federal como auxílio aos municípios para combater o coronavírus. Não é porque a cidade decretou calamidade pública que os recursos devam ser gastos à revelia. É preciso muita responsabilidade e eficiência na gestão pública, pensando na coletividade e não apenas nos interesses políticos.

O bom gestor público é aquele que age com planejamento. E a pergunta é: o que João Monlevade vai fazer quando esses recursos chegarem? Questionado pelo A Notícia, o governo Simone respondeu que “o município utilizará, conforme essas diretrizes, para o COVID-19 e para o pagamento de despesas correntes, já que houve queda do ICMS e demais impostos devido à pandemia”.

Uma das palavras fundamentais para uma boa gestão pública é “excelência”. Através dela os processos de fundamentação da estrutura do município, a capacidade de administração baseada em necessidade coletiva e o controle dos valores exigidos na gestão são indispensáveis para aumentar a qualidade de vida da população local.

O que se espera da gestão é o uso dos recursos de forma eficiente e transparente. Não se pode “abrir a porteira” para gastos que poderiam ser melhor organizados e planejados. Vereadores, que foram eleitos para fiscalizar o Excecutivo, têm a obrigação de vigiar essas despesas e não fazer “vista grossa” diante dos gastos. 

E não adianta se irritar com a cobrança dos cidadãos. Quem escolhe seguir a vida pública, precisa compreender que pediu para representar o povo. Portanto, merece e deve ser cobrado e deve explicações a quem votou. O cargo eletivo não faz de nenhum chefe do Executivo dono da cidade, do estado ou do país. 

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