Desde 1984
Teófilo Torres
17 de Abril de 2020
Crise sem precedentes

Estamos vivendo tempos difíceis. Uma crise sem precedentes que está atingindo todo o planeta. Estamos vendo o mundo ser desafiado pelo novo Coronavirus. O Brasil está tentando enfrentar essa crise, porém, até o momento, não conseguiu alinhar as medidas para amenizar os impactos dessa pandemia.

Nem os membros do Governo Federal falam a mesma língua. As discussões sobre o isolamento social, sobre abertura do comércio, sobre o uso de medicamentos para o tratamento da doença, sobre falta de EPIs para os profissionais da saúde e para a população, além das incertezas do momento, estão levando os gestores públicos federais, estaduais e municipais a tomarem medidas, às vezes, divergentes umas das outras, porém, na minha visão, todas com intuito e certeza de que estão fazendo o melhor para conter o avanço da doença e amenizar os impactos econômicos e sociais gerados pela crise. 

Enquanto isso, os profissionais da saúde se desdobram como podem para salvar vidas. Estamos vendo os gestores serem pressionados por vários setores da economia, que querem abertura do comércio, e por setores da saúde, que querem manter o isolamento. Estamos vendo também os órgãos de controle, como o Ministério Público, que está ameaçando os gestores que afrouxarem as medidas de isolamento, se estes não demonstrarem que o sistema de saúde do município está apto a atender a demanda de pacientes, como se fosse possível prever exatamente quantos precisarão utilizar o sistema de saúde. Não há certo ou errado nesse contexto.

Críticas às ações dos gestores e dos órgãos de controle não vão ajudar. Sugestões sim. O que realmente está precisando ocorrer é que as medidas e ajudas já anunciadas pelo governo federal cheguem de verdade aos que estão realmente precisando com urgência. E aqui estamos falando tanto na área econômica, social, e da saúde. 

Precisamos também conscientizar a população de que o problema existe, é grave, e que a melhor forma de frearmos o vírus é mantendo o distanciamento, fazendo a higienização e tomando os cuidados necessários. Falo isso porque ainda há pessoas que não acreditam que estamos vivendo uma crise que não tem data para ir embora. A única certeza que temos é que ela vai passar, só não sabemos quando. Até lá, vamos seguindo as orientações das autoridades da saúde, e ficando em casa.


(*) Teófilo Torres é advogado e ex-prefeito de João Monlevade

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