Pouco mais de 60 dias depois do primeiro caso suspeito de coronavírus, Monlevade registra o primeiro caso confirmado. Na região, apenas em Itabira e Santa Maria de Itabira já há registros confirmados.
Autoridades em saúde pedem a manutenção do isolamento social, porque, segundo eles, o número de confirmados pode ser bem maior. Isso, porque os resultados de exames do SUS, feitos pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), demoram a sair. A paciente com o caso confirmado fez o exame através da rede particular. Ela não viajou e não esteve com outras pessoas suspeitas. Isso aponta que o coronavírus circula em João Monlevade e, em questão de tempo, outros novos casos devem surgir. Assim, como forma de manter a saúde local, médicos pedem o reforço às ações de isolamento, evitando a transmissão.
Por outro lado, comerciantes querem a reabertura do comércio, alegando que há muita gente nas ruas. O que não é mentira. Filas longas em bancos, pessoas caminhando e supermercados lotados mostram que nem todos respeitam o isolamento.
A Prefeitura, por sua vez, aguarda decisão do governador sobre abertura das lojas ou manutenção do fechamento.
O caso confirmado de coronavírus acende todos os sinais para um debate sério e que não prejudique a saúde comunitária. A cidade, mesmo que tenha criado ações para o tratamento da doença, não tem condição de cuidar de muitos casos em pouco espaço de tempo. É hora de estabelecer formas lúcidas e coerentes, pois a cidade não pode ficar sem seu comércio e a geração de empregos, mas também não pode ficar com o vírus.
