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Editorial
21 de Fevereiro de 2020
Os tempos são outros

São abismais as diferenças de comportamento da prefeita Simone Carvalho (PSDB) e seu governo na Prefeitura de João Monlevade, mesmo porque é público e notório que o maior poder de mando lá, é de seu marido, o ex-prefeito condenado e com seus direitos políticos suspensos, que governou o município por dois mandatos e saiu respondendo a inúmeros processos. O seu governo faz coisas que a própria Simone não faria, mas assina.

Irregularidades no uso do “ônibus sucata” da Fundação Germin Loureiro, contratação sem documentação de prédio para improvisar o Velório, gratificação a aliados apenas sob avaliação política, Show dos Bairros, abandono do Posto de Saúde do Industrial e do Cresb, obras da ETE e da Creche José de Alencar, Guarda Municipal, isenção da taxa mínima de água e uso indevido da rádio educativa para campanha eleitoral antecipada, entre outros, podem se transformar em dores de cabeça para a prefeita por décadas.

Há dois anos, em Araruama (Rio), a prefeita foi cassada porque o marido, ex-prefeito cassado, mandava na Prefeitura. Denúncias como esta e muitas outras já chegam ao Ministério Público e a tendência é de vigilância redobrada neste ano eleitoral. 

Mais do que nunca a prefeita de Monlevade, bem como todos os demais prefeitos, precisa entender o risco que correm e impor todos os cuidados no trato da coisa pública. O “deixa rolar” pode custar muito caro porque os tempos são outros. Além disso, a prefeita atesta as decisões do marido, por não se manifestar contrária a elas.

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