Desde 1984
Werton Santos
07 de Fevereiro de 2020
Mais prejuízo aos olhos
A ansiedade por realizar o fantasioso plano de governo poderá trazer inúmeros desperdícios de dinheiro público em João Monlevade. Vale tudo pelo voto e o popularmente conhecido “Olho Vivo” é a bola da vez.
Conhecendo o sistema: Trata-se de câmeras de TV, distribuídas pela cidade, com promessa de melhorar a segurança pública. Minha opinião se não for mais um natimorto, terá vida curtíssima e assim como outros projetos do grupo político que deveria administrar a cidade, tais como Hospital Santa Madalena, Abatedouro, entre outros, será mais uma fonte de desperdício de dinheiro público. Hoje inúmeros sistemas já implantados no setor público estão funcionando com alto nível de deficiência, ou até mesmo fora de operação. No setor privado também é grande o número de deficiências apresentadas, consequência de erros de implantação.
Antes que apareça algum defensor desta fatídica proposta, mencionando que é apenas uma contestação de pré-candidato, segue uma pitada de meu currículo nesta área: Tenho mais de 30 (trinta) anos de experiência na tecnologia de CFTV – Circuito Fechado de TV fui responsável pela implantação da primeira câmera colorida de monitoramento em fornos de reaquecimento de aço no mundo fui o responsável pelo desenvolvimento e instalação do primeiro CFTV em rede de dados para operação de processos industriais em alta velocidade no mundo treinei dezenas de profissionais para manutenção de sistemas equivalentes e hoje atuo como consultor de aplicação da empresa TSC de São Paulo, e tenho parceiros técnicos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
Mas não estou aqui para apenas “meter o pau”, prefiro dar sugestões. Sensato seria que “prefeitos” promovessem antes de se abrir a licitação já prometida para breve, uma audiência pública, com participação de especialistas no assunto, apresentando as tecnologias, recursos técnicos e ferramentas aplicáveis no sistema atualmente disponíveis.
A sociedade de conhecimento do que é possível, forneceria elementos que poderiam definir os caminhos a seguir na implantação do sistema. No Brasil inúmeros sistemas de boa qualidade foram desenvolvidos, sendo que um dos melhores, mais conhecidos e difundidos sistemas de monitoramento no mundo é desenvolvido por empresa brasileira, da cidade de São Bernardo do Campo em São Paulo, o Digifort. Mas infelizmente nos sistemas públicos, este sistema é pouco usado.
Minha opinião é que este sistema seja parte integrante de um SISSE - Sistema de Segurança Eletrônica, assim teríamos um sistema bem encorpado, que traria inúmeros benefícios, incluído nas áreas de Educação e na Saúde Pública. Outra recomendação que faço é que não podemos deixar de fora é a participação da iniciativa privada, que baixaria em muito os custos na implantação do sistema.
Parece utópico, mas a mais de vinte anos, os sistemas de segurança eletrônica, dispõe de ferramentas aplicáveis na educação e na saúde, dentre estas ferramentas como Botão de Pânico e AHM – Alarme Homem Morto. Acessórios que implantados seriam ferramentas importantíssimas para segurança de profissionais do funcionalismo público, em especial os vigias e professores.
Tão importante como implantar, a manutenção de um sistema deste tipo, com nível de qualidade e eficiência adequado, requer mão de obra especializada, devidamente treinada. Se é pra fazer direito, não dá pra ser coisa de amador.

() Werton Santos é professor e pré-candidato a prefeito
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