Desde 1984
Erivelton Braz
06 de Dezembro de 2019
Amor com violência é doença
Amanhã (7), encerra-se a campanha do Laço Branco, Homens pelo fim da Violência contra a Mulher. E um alerta fica no ar: é preciso mudar posturas. O laço branco, que simboliza a paz e a harmonia e o respeito à mulher, deveria ser tatuado nos corações e nas mentes dos covardes que batem e dizem que amam. Amor com violência é doença.
O mais triste é saber que 80% dos casos de violência acontece dentro de casa, embora a mulher esteja exposta à violência em diversos espaços: na rua, no trabalho e até no ambiente virtual. É preciso dar um basta a tanta agressividade, machismo, sentimento de posse.
É preciso lembrar da necessidade de combater não só a violência física, mas a psicológica, que começa sutilmente em forma de elogio: “Você é tão linda, por que usar essa blusa decotada?”. Agressores depois aumentam o tom para graus vexatórios, que diminuem a mulher e ameaçam: “Você precisa se cuidar mais... Está gorda”. “Você não é capaz” “Ninguém vai querer você”. “Se falar sobre isso com alguém, eu te mato”.
O machismo e a violência estão naturalizados e se apresentam de diversas formas: discursos que buscam a desumanização do gênero feminino, violência psicológica, estupro e feminicídio. É preciso vigiar, ficar atento. Evitar qualquer pensamento desrespeitoso e que fira a integridade da mulher. Não existe descontrole, perda da cabeça ou qualquer desculpa. O machismo, a misoginia e a naturalização das opressões devem ser inaceitáveis. É urgente mudar e evoluir nesse assunto. O laço branco da campanha é um alerta.

() Erivelton Braz é editor do A Notícia e fundador da Rotha Assessoria em Comunicação
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