Fernanda Ávila
25 de Outubro de 2019Copaíba, minha querida
Ao entardecer, ficava ainda mais bela contrastando com o brilho do sol ou da lua. A Copaíba do alto da Serra Pelada, ou no alto do Pau D’Óleo, permanecia fiel às suas raízes. Sustentar esta judiação humana a uma árvore centenária nos faz repensar o quão ingrato é o homem, que retribui a natureza de forma tão perversa.
O local Pau D’Óleo se destaca expressivamente pela criação divina da introdução desta espécie “Copaíba”, um monumento cultural e ambiental que encantou inúmeras gerações e até hoje tenta sobreviver, lutando contra tudo e todos. Uma árvore que enfrentou no passado a dissipação de suas raízes, e vem lutando para resistir à covardia, à destruição e à ganância do ser humano.
O entorno do lugarejo Pau D’Óleo também sofreu queimadas tempos atrás, mas a natureza nos dá sua resposta na regeneração, no encantamento e apreciação à restauração por si constituída. A extensão de acovardamento à árvore Copaíba no Pau D’Óleo exige uma resposta à altura da espécie. É compreensível que as pessoas queiram solucionar essa questão e, agora, mais do que nunca, é o momento de mostrar que a união faz a força. A “Copaíba, minha querida” é exemplo de superação e determinação, pois após ter sido mortificada vem nos doutrinar a juntar e apoiar uns aos outros no desafio da conservação às espécies da flora e à nossa existência.
() Fernanda Ávila é educadora ambiental e Secretária Municipal de Meio Ambiente