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31 de Março de 2021
“Feriadão” não seria eficaz para amenizar o colapso na saúde, diz Mucida
Divulgação

Nesta semana, os deputados estaduais mineiros desistiram da proposta de antecipar os feriados do Dia de Tiradentes de 2021, 2022 e 2023. A iniciativa, formulada em conjunto pelo governo e pela Assembléia Legislativa, pretendia que esses dias de folga fossem cumpridos logo a seguir ao Domingo de Páscoa da próxima semana, como uma forma de conter a disseminação do coronavírus. No entanto, a proposta não chegou a ser votada pelos parlamentares, pois houve o entendimento de que não havia comprovação de que a antecipação teria efeitos práticos para frear a Covid-19.

O A Notícia enviou questionamentos aos deputados estaduais da região, Bernardo Mucida (PSB) e Tito Torres (PSDB) sobre esse adiantamento das três próximas datas magnas do estado. Tito, porém, não respondeu. Confira as respostas de Mucida:

•             O que pensa das ações de combate à pandemia por parte do governador?

 Creio que o Governador esteja fazendo o possível e dentro dos seus limites. A pandemia é uma tragédia mundial que não está poupando nenhum país. No Brasil, o aumento dos casos de contaminação, o surgimento de novas variantes, agravado pela falta de vacinas em quantidade que possa imunizar a todos, em um curto espaço de tempo, exige medidas duras por parte dos governantes. O governador e os prefeitos estão lutando para salvar vidas, empregos e a economia.

•             Deputado, Itabira, Monlevade e região estão em colapso de leitos. Acredita que a onda roxa ajuda a aliviar os casos de contaminação?

A onda roxa é uma medida dura, porém necessária, e alivia sim os casos de contaminação, os números comprovam. Nenhum governante deseja fechar o comércio, inibir a atividade econômica e muito menos limitar a circulação das pessoas, seja para o trabalho ou para o lazer. A onda roxa teve que ser implementada, os indicativos de saúde assim recomendavam, mas ela precisa do apoio e da compreensão da população. É hora de solidariedade, isolamento social, medidas preventivas. É hora de salvar vidas e isso depende de todos.

•             A ALMG retirou de pauta o projeto do feriadão em Minas.  O senhor votaria a favor?

A ideia do recesso sanitário, popularmente batizado de 'feriadão', não seria eficaz para amenizar o colapso na saúde, poderia estimular viagens e aglomeração. Mas sinaliza a preocupação do governo do Estado e da ALMG de somar esforços na luta contra a pandemia. A retirada desta parte da proposta foi consensual. Mas aprovamos outras medidas de combate à covid como reforço na contratação de pessoal. Continuaremos, 24h por dia, trabalhando para enfrentar a pandemia e fazer voltar ao normal, o quanto antes, a vida dos mineiros

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