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19 de Fevereiro de 2021
Pesquisadora monlevadense desenvolve plataforma para detectar coronavírus
Reprodução
Monlevadense trabalha em pesquisa contra a Covid-19
Uma cientista monlevadense trabalha para desenvolver uma plataforma mais eficiente para detectar o coronavírus. A química Rosimeire Barcelos, pós-doutoranda da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é membro desde junho do ano passado de uma equipe de pesquisa formada em 2015 para descobrir novas possibilidades de trabalho com nanosensores.

Com o surgimento da Covid-19, os estudos se voltaram à criação de um teste para a doença. Rosimeire explica que a plataforma, licenciada a uma start-up de Belo Horizonte, age da escala do “nano”, sendo uma alternativa mais barata a testagens atualmente utilizadas, como o exame PCR, além de mais sensível que outros exames atualmente utilizados.

Segundo ela, há duas possibilidades de verificação sendo desenvolvidas. Uma delas, em estágio de pesquisa mais avançado, usa amostras de sangue do paciente, conseguindo encontrar anticorpos através da junção de uma proteína com um sensor de ouro. Outra alternativa, em estágio de pesquisa mais inicial, usa saliva ou muco nasal para detectar o vírus, analisando proteínas em nível molecular. A idéia é lançar o teste ainda em 2021, de forma que ele seja mais barato e mais eficiente que os atualmente disponíveis no mercado.

Trajetória na Escola Pública

Rosimeire Barcelos é natural de João Monlevade e sempre estudou em escolas públicas. Ela começou na Escola Estadual Rúmia Maluf e no Centro Educacional de João Monlevade (CEJM), além de ter feito o curso de Química da Escola Municipal Israel Pinheiro (EMIP): “Foi com o professor Antônio de Paula, o ‘Toninho’, que eu me apaixonei pela Química”. Ela então graduou-se pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), obtendo posteriores títulos de mestrado, doutorado e pós-doutorado, passando inclusive, pela mundialmente prestigiada Universidade de Oxford, no Reino Unido. Atualmente, Rosimeire está vinculada a este grupo de pesquisas do CTNano/UFMG, em Belo Horizonte, junto aos professores Livia Siman, Ary Corrêa, Oscar Mesquita e Luiz Orlando Ladeira; à pós-doutoranda Iara Borges; à doutoranda Caroline Junqueira; ao mestrando Kennedy Batista; e ao graduando Patrick Mendes.

Financiamento

A investigação é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Ministério da Educação.
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