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23 de Outubro de 2020
Após denúncia, Prefeitura recua e desiste de comprar asfalto extra
Após denúncia de que teria se sobreposto a um contrato para comprar mais asfalto, a Prefeitura de João Monlevade cancelou a aquisição. O passo atrás aconteceu depois de a transação ser indicada como crime eleitoral e compra de votos, pelo vereador Guilherme Nasser (MDB), além de ser manchete da última edição do A Notícia, na semana passada.

Conforme denunciado, o Executivo foi contemplado com 300 metros cúbicos através de licitação feita pelo Consórcio Intermunicipal Multissetorial do Médio Piracicaba (Consmepi). No entanto, na semana passada, o vereador Guilherme Nasser denunciou na Câmara, a contratação de 1,6 mil metros cúbicos de asfalto diretamente com a empresa fornecedora, contrariando a lei.

Segundo o parlamentar, a Prefeitura teria enviado ao consórcio um contrato sem a indicação de tonelagem de matéria asfáltica (em branco). O Consmepi, no entanto, notificou a Secretaria de Obras para prestar esclarecimentos sobre o tema. Nasser apontou a obtenção para asfaltar ruas no período eleitoral. Segundo ele, para dar conta do serviço, a Prefeitura pavimenta ruas até durante as madrugadas, fins de semana e feriados.

Na segunda-feira (19), no entanto, o Executivo enviou ao consórcio um ofício que informava a rescisão do contrato 83/2020, que contrataria o asfalto extra. Apenas o contrato 71/2020, que previa a compra dos 300 metros cúbicos pelo consórcio, foi mantido. No dia 13 de outubro, a entidade já havia endereçado um ofício à prefeita Simone Carvalho (PTB), pedindo que a situação fosse regularizada.

Segundo a secretária-executiva do Consmepi, Christiane Vale, a Prefeitura também protocolou uma solicitação para que outros municípios membros do consórcio repassassem parte de sua cota de pavimento que não utilizaram para Monlevade. Ainda não está definido se os municípios vão fornecer o material.
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