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26 de Junho de 2020
Após pressão popular, Prefeitura de Nova Era retira quebra-molas
Reprodução
Quebrasmolas foram colocados e dias depois retirados: custo da obra foi de R$80 mil
A Prefeitura de Nova Era voltou atrás e determinou, no início da semana, a retirada de 27 quebra-molas que foram implantados recentemente, na rua Projetada, que liga o Distrito Industrial à rua Itabira. O custo foi de cerca de R$80 mil. “A Prefeitura comunica que os redutores de velocidade já foram retirados, permanecendo apenas um antes da passagem elevada, um depois e outro perto do trevo da rua Itabira, onde será pintada uma faixa de pedestre. A redução no número de redutores de velocidade foi planejada de forma que a segurança do pedestre e dos motoristas fique garantida”, diz a administração.

A obra chamou muita atenção nos últimos dias e teve grande repercussão negativa nas redes sociais. Diversos moradores questionaram a implantação dos redutores e criticaram duramente a Prefeitura. O temor era de que eles aumentassem os riscos de assaltos durante a noite, já que o local não possui iluminação pública.

Os moradores fizeram vídeos, memes e post's duros contrários à obra e questionam ainda sobre o material usado na construção dos quebra-molas. Segundo eles, o asfalto poderia ter sido destinado para tapar buracos em outras vias, como o do acesso ao bairro de Fátima.

O Porta Voz da Rede Sustentabilidade da cidade, Txai Costa, foi um dos que criticou os serviços. Segundo ele, a situação é vergonhosa porque não houve fiscalização dos vereadores. “Eu não sei o que é mais triste: uma 'obra' de mais de 80 mil reais que não atende a comunidade ou vereador descobrir esse desperdício só depois da obra pronta. Desde o dia 11 de fevereiro, os documentos sobre a obra estavam publicados. De lá pra cá, se somar o valor da obra com o salário dos vereadores que deveriam ter evitado a tragédia, a soma total aproximada é de R$260 mil: R$80 mil da obra mais R$180 mil referentes ao salário de R$5 mil por mês de cada um dos nossos vereadores. Torço para que as devidas providências do Ministério Público incluam o ressarcimento do nosso dinheiro de imposto”, criticou.

Após reivindicação popular, a vereadora Julia Horta (PDT) também enviou ofício questionando a administração da prefeita Laura Carneiro (PSDB).

Em uma publicação feita no Facebook, a Prefeitura justificou que a interdição se faz necessária para a construção de uma passagem elevada, tendo em vista o fluxo de pedestres existente no local e com o objetivo de proporcionar segurança.

A Prefeitura disse ainda que a retirada ou redução dos redutores não implica prejuízo aos cofres públicos. O governo afirma, segundo o Portal Rede Nova Era Noticias, que os gastos serão ressarcidos, eliminando qualquer prejuízo ao município.
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