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Polícia
23 de Junho de 2020
Indiciado médico que negou atendimento a grávida, deixou bebê morrer e falsificou prontuário
ReproduçãoDiário de Barão
A Polícia Civil indiciou um médico nesta segunda-feira (22) por aborto e falsidade ideológica em Barão de Cocais. No dia 17 de junho de 2019, por voltas da 0h30, uma grávida deu entrada no Hospital Municipal Waldemar das Dores em trabalho de parto. O médico foi chamado, mas após uma rápida análise pontificou que a criança não iria nascer naquele momento, e receitou que ela se hidratasse e tomasse remédios para dor.

Por cinco vezes, o plantonista foi chamado em seu dormitório para prestar socorro à mulher, o que ele recusou. O atendimento somente foi feito pela manhã, depois de um telefonema do diretor do hospital. O estado de saúde da gestante se agravou, com sangramentos, e, após uma cesariana de emergência, ela deu à luz uma criança já morta, vítima de uma espécie de asfixia intrauterina. Após manobras falhadas de ressuscitação e a constatação do óbito, o médico então alterou o prontuário da paciente, assinalando que ele prescrevera o monitoramento periódico da grávida.

O delegado Marcos Vinícius Cunha, da Delegacia de Barão de Cocais, optou pelo indiciamento do médico pelo crime de aborto e não pelo de omissão de socorro, já que o médico tem por missão salvar uma vida, portanto ele deveria responder pelo resultado final de seu delito. O caso agora será remetido ao Poder Judiciário para abertura de um inquérito criminal.
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