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29 de Maio de 2020
Moradores denunciam três semanas sem água no Nova Monlevade
Quase duas semanas após a mais longa e mais abrangente falta de água nos últimos anos em João Monlevade, alguns bairros ainda convivem com as torneiras secas. Moradores do Nova Monlevade procuraram o A Notícia reclamando que estão há 24 dias sem abastecimento. Na rua Carlos Caldeira, segundo a denúncia, a distribuição cessou no último dia 6, e até hoje não foi restabelecida.

Caminhões-pipa chegaram a ser enviados para encher as caixas d’água, mas, segundo moradores, o líquido tem cor e odor de ferrugem. Apesar da falta de água, as contas continuam chegando normalmente, referentes a 31 dias de abastecimento; algumas das cobranças chegam a R$150,00.

DAE nega falta d'água e justifica cobrança

O diretor-geral do DAE, Cleres Roberto de Souza, negou que o bairro esteja há 24 dias sem água. Segundo ele, o que existe é o alto consumo de água aliado à baixa pressão, o que interrompe o abastecimento nas partes mais altas do bairro durante grande parte do dia. De acordo com Cleres, a água chega a algumas residências apenas durante a noite e a madrugada.

Por conta disso, a autarquia construiu cem metros de rede nas ruas Dario Lage, Dimas Fonseca e Joaquim Martins Cota, que já está funcionando. Agora, deve ser feito um subsistema em outras ruas do bairro, que incluem a Carlos Caldeira. Quanto à água distribuída pelos caminhões-pipa, o diretor-geral afirmou que a água foi extraída limpa do reservatório do bairro República, e que a sujeira pode ter advindo da fuligem depositada no fundo das caixas d’água dos moradores, que é levantada pela pressão dos carros-pipa. Em relação às contas, Cleres respondeu que o DAE cobra pelo consumo registrado no hidrômetro.
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