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29 de Maio de 2020
Vereador aponta para possíveis irregularidades em compra de máscaras
O vereador Guilherme Nasser (MDB) questionou a compra de máscaras pela Prefeitura de João Monlevade. Segundo ele, cada unidade da máscara PFF2 N95 foi adquirida a R$12,90. No entanto, ele encontrou máscaras com as mesmas especificações à venda com preços entre R$5,59 e R$8,30. Segundo Guilherme, a Câmara Municipal adquiriu 500 máscaras no valor de R$7,90 cada, da mesma empresa que forneceu à Prefeitura.

Outro questionamento levantado por Nasser foi que a Prefeitura pediu três orçamentos para adquirir os itens de proteção. Um deles, afirma Nasser, teria ficado com o preço muito acima do praticado. Os outros dois, apesar de terem os números do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) diferentes e de oferecerem preços distintos, de R$129 mil e R$149 mil, tinham o mesmo vendedor, site e telefone.

Nasser disse que vê “fortes indícios de irregularidades” no processo, que considerou como “estranho”, mas não apontou culpados. Ele anunciou ainda que acionará o Ministério Público para que investigue a compra e evite desperdício de recursos públicos.

Prefeitura nega

Questionada, a assessora de Comunicação da Prefeitura de João Monlevade, Claira Ferreira, negou irregularidades na compra, que, segundo ela, foram feitas por pessoas competentes e seguindo todos os protocolos. Claira repeliu as insinuações de que o decreto de calamidade pública seja um “cheque em branco”, que permita que a administração gaste sem critérios. Ela informou que há critérios para as compras pelo governo e que são todos seguidos. Na Câmara, o líder do governo, Sinval Dias (PSDB), ironizou a denúncia do oposicionista, dizendo que ele “está com tempo” para conferir as aquisições neste período.
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